Para você dízimo é lei ou é vida?
Você precisa fazer uma escolha: se para você dar o dízimo é uma coisa que se fazia desde o Antigo Testamento, então é lei. Mas para mim dízimo não é lei: é vida!
Independente da minha experiência o princípio do dízimo percorre toda a Bíblia. Esse princípio não veio com a lei de Moisés, ele é anterior à lei de Moisés. Na época dos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó… o princípio do dízimo já estava lá.
Em Gênesis 14: 18-20 diz: Então Melquisedeque, rei de Salem, sacerdote do Deus altíssimo, trouxe pão e vinho e abençoou Abraão dizendo: bendito seja Abraão pelo Deus altíssimo, criador dos céus e da terra; bendito seja o Deus altíssimo que entregou os seus inimigos em suas mãos e Abraão lhe deu o dízimo de tudo.
Abraão tinha acabado de vencer todo o Exército. O despojo de guerra era valiosíssimo. Então ele pegou e tirou o dízimo de tudo e entregou a Melquisedeque, que era sacerdote. No livro de Hebreus a Bíblia mostra que Melquisedeque era referência entre os grandes sumos sacerdotes de Jesus, portanto, quando ele entregou aos pés de Melquisedeque, na verdade estava entregando aos pés de Jesus.
Isso fica muito claro em Hebreus 5: 5-7 diz assim: Da mesma forma Cristo não tomou para si a glória de se tornar um sumo sacerdote, mas Deus lhe disse: tu és meu filho, hoje te gerei. E diz no outro lugar: tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. Aqui é feita uma conexão entre o Velho e o Novo Testamento, ou seja, o que Abraão fez lá, temos que fazer aqui com a sucessão, que é Jesus, o Messias, que veio ao mundo para nos salvar.
O princípio do dízimo está também no relacionamento de Caim e Abel com Deus. Abel deu a primícia, a primeira parte da melhor produção de seus animais e Deus gostou. Já Caim deu uma oferta, mas não era primícia, não era a melhor, nem a primeira. Além disso, a primícia, ou a primeira cria de um animal, tinha que ter qualidades e não podia ter defeitos. Ou seja, tinha que ser primícia e tinha que ser o melhor. Esse era o princípio do Velho Testamento.
Quando Deus deu o Jardim do Éden para Adão e Eva deixou uma árvore dizendo: Nessa aqui não mexam! É a árvore do conhecimento, do bem e do mal, nessa, não podem mexer! Novamente o princípio de que uma parte é de Deus. Ele pede para não tocarmos nos primeiros frutos. O primeiro fruto do mês, da nossa conquista, deve ser de Deus.
Dinheiro é teste! Deus está testando nossa fidelidade. Em Mateus 6: 21 diz assim: “Onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”. A Bíblia nos revela que dízimo é teste de uma maneira tão explícita. Observe:
– O número 10 é teste; quando você tira uma nota de 0 a 10, o dez significa o quê pra você?
– Quantas pragas ocorreram no Egito?
– Quantos mandamentos existem para testar nossa obediência?
– Quantas vezes Deus testou o povo de Israel, enquanto estavam no deserto?
– Quantas vezes Deus testou o patriarca Jacó quando ele trabalhava para labão?
– E quantos dias Daniel foi testado no primeiro capítulo de seu livro?
– Em Mateus 25 quantas virgens são testadas para saber se estão preparadas para a chegada do noivo Jesus?
– Em Apocalipse 2: 10 diz: “Não tenha medo do que você está prestes a sofrer. O diabo lançará alguns de vocês na prisão para prová-los e vocês sofrerão perseguição, durante 10 dias”.
A verdade é que o número 10 está associado a testes ao longo de toda a Bíblia!
Em contrapartida, o dízimo também é a única área na qual o cristão é convidado
a testar Deus:
“Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para que haja alimento em minha
casa. Ponham-me à prova”, diz o Senhor dos Exércitos, “e vejam se não vou abrir
as comportas dos céus e derramar sobre vocês tantas bênçãos que nem terão
onde guardá-las”. (Ml 3:10)
Trata-se de uma avaliação para saber o quanto o cristão está preparado, ou não, para superar a diversidade, para superar os problemas, para vencer o ego, e para ser um autêntico e próspero servo de Deus. O dízimo é o teste do coração, em contrapartida também provoca um teste para Deus.
Deus diz: “Se passar no teste pode me testar!” Em Malaquias 3: 6: “Eu, o Senhor, não mudo”. Ou seja: o dizimista tem seu dinheiro abençoado. Você pode até ser uma pessoa boa, falar de Jesus, pregar o Evangelho, mas se não é dizimista não está debaixo da benção. A essência, o princípio, não está no valor, mas em dar, em entregar para Deus, parte de tudo que Ele já te deu.
Porque você não testa? Tenha um ano de fidelidade e veja o que acontece. A fidelidade para com Deus precisa de tempo. Ele deu seu único filho para pagar preço de cruz por mim e por você.
Em Gálatas 3: 13 -14 – Cristo nos redimiu da maldição da Lei, quando se tornou maldição em nosso lugar. Pois está escrito: “Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro”. Ele fez isso para que, em Cristo Jesus, a benção de Abraão chegasse também aos gentios e para que recebêssemos a promessa do espírito, mediante a fé.
Mediante a fé o senhor tomou sobre si nossas enfermidades, mas continuamos doentes; o senhor tomou sobre si as nossas dores, mas continuamos gemendo;
tomou sobre si nossas maldições, mas muitos de nós ainda vivemos coisas ruins. Por que? Porque Ele tem todo o poder, ele pagou todo o preço, e tem infinitas bençãos para nos dar, mas somente a fé pode ativar tudo isso: cura, libertação, prosperidade, vida plena. Muitos ainda não compreenderam o valor da generosidade, da fidelidade e da obediência. O problema é que ferir o princípio das primícias pode colocar as finanças debaixo de maldição.
O dízimo é lei e debaixo da graça é multiplicado. Em relação à lei, por exemplo, um homem no Velho Testamento se deitava com a mulher e era, então, adultério. Já no Novo Testamento o Senhor Jesus fala: “Se você tão somente olhar para aquela mulher e desejá-la, já adulterou”; a Bíblia também diz que se você se irar contra o teu irmão, querendo a morte dele, já está o matando. Explicando melhor: se você ficar pensando mulher, conspirando já pecou, porque o pecado já se consolidou na mente.
Outro caso está em Gênesis 28 quando Jacó entrega o dízimo. Em Levítico 27: 30 diz: “Todos os dízimos da terra, seja de cereais, de fruta, pertencem ao Senhor e são consagrados ao Senhor”. Mateus 23:23 Jesus vai dizer para os
Fariseus: “Vocês dão dízimo. Continuem fazendo só não esqueçam de fazer as
outras coisas”, ou seja, ele chancela o dízimo, mas além do dízimo tem mais
coisa. O dízimo não é uma obrigação, não é uma simples prática religiosa, não é uma punição, é uma maravilhosa oportunidade para que você tenha o melhor cartão de benefícios da vida.
Em Crônicas 31 relata um Decreto do Rei Ezequias: “Quando o povo de Deus
começou a dar o dízimo, Deus começou a abençoá-los, ainda mais, e quanto mais eram abençoados, mas os dízimos cresciam”. O pecado não está no quanto você ganha, mas no quanto você não consegue ser fiel com o que ganha. Entregar deve ser o prazer do Cristão. Jesus se entregou em sacrifício vivo para nos salvar. Ele foi o próprio princípio de entrega. E o entendimento e prática disso gera abundância, benção e a chancela de Deus.
Você já desejou multiplicar o seu dinheiro? Quem não gosta de ter uma condição melhor para fazer as coisas que quer? Quem não gosta de poder ajudar alguém? Veja o exemplo da multiplicação dos pães em Lucas 9. Jesus multiplicou cinco pães e dois peixinhos para uma multidão de 10 mil pessoas! Tem uma parte do texto que chama a atenção. Jesus perguntou: O que temos? Cinco pães e dois peixinhos, responderam. “Então tragam para mim”. Nos versos 16 e 17, do Capítulo 9, diz que “Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, e olhando para o céu abençoou-os, partiu e deu aos seus discípulos”. Mas havia uma multidão de 10 mil pessoas. Você acha que Jesus ficou partindo 10 mil vezes? Não! O texto diz que ele partiu, deu na mão dos Apóstolos e falou: “façam o mesmo!” A multiplicação aconteceu nas mãos do povo.
Aqui nós temos dois princípios importantíssimos para a multiplicação na sua vida financeira:
1 – Algo precisa ser abençoado antes que possa multiplicar; ao dar seu dízimo, sua primícia, está abençoando sua vida financeira e abençoando os outros 90% que vai gerenciar;
2 – Somente o que é dado pode se multiplicar. Quem não consegue dar, sai da Visão da multiplicação bíblica, pois foi dando o pão, entregando, que a multiplicação aconteceu. Quanto mais eles partiam, mais se multiplicavam.
Deus quer que a gente ajude. Ele quer que a gente tire pessoas da dificuldade.
Na metodologia que criei, de multiplicação de resultados, é preciso ter: integridade, estratégia e motivação para viver o extraordinário de Deus na terra. Esse é o tripé da multiplicação. Sem integridade você pode multiplicar, mas vai fazer besteira e perder a família; se não tiver estratégia vai multiplicar como? Mas se você não tiver motivação não conseguirá transformar estratégia em resultado. A motivação faz a estratégia acontecer, mas sem integridade você perde o propósito de Deus pra sua vida. Pense nisso!
Você pode perguntar: Qual a diferença entre entregar o dízimo e apenas dar? Creio que entregar o dízimo é simplesmente devolver a Deus aquilo que Ele disse que é dEle: os nossos primeiros 10%. Entregar o dízimo no altar é um ato profético de consagração.
O princípio financeiro vai além do que você faz. É uma unção de Deus e que traz o milagre da multiplicação. Viver uma vida de aperto e dificuldades não é plano de Deus para ninguém! Não estou falando de ostentação, exibição… estou falando de dignidade, de ter o suficiente para sua vida e para derramar na vida de quem precisa.
Sua vida é plano de Deus e é plano perfeito. Em Mateus 25 diz que um homem, um viajante, entregou um talento para uma pessoa, dois talentos para outra, e cinco talentos para outro. O que tinha cinco conseguiu mais cinco, o que tinha dois conseguiu mais dois, mas o que tinha um escondeu e não multiplicou, e o Senhor o amaldiçoa. Quanto mais você devolver a Deus, mais Deus vai confiar em você. O espírito de Mamom precisa ser vencido. Mateus 6: 24 diz assim: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom”.
Mamom é uma palavra aramaica que significa riquezas. Esse espírito convence o homem de que ele não precisa de Deus, e que é autossuficiente. Ele acredita que o dinheiro pode comprar tudo, entretanto, o homem mais bilionário do mundo, sem saúde, não consegue tomar um sorvete.
Em I Timóteo 6 diz: “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males.”
Quem ganha pouco não dá porque diz que é pouco. Quem ganha muito diz que tem que dar muito. A questão é (Lucas 10: 16) “quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo, também é injusto no muito”. A Bíblia diz que devemos ser fiéis no pouco, antes que muito nos seja confiado. Deus só pode confiar mais a quem é fiel. Se não consegue ser fiel no pouco é no pouco mesmo que ficará.
Que essa palavra possa trazer entendimento da vida plena que o Senhor tem pra ti. Que Deus o abençoe.
